Francisco D. G; Paulo E. G. C; Eduardo G. P; Daniela G. G; Karyna M. V. C; Prevalência de agenesia dentaria em pacientes ortodônticos na cidade de São Paulo. Publicado na Revista da Pós Graduação da FOUSP-SP.
A agenesia pode ser denominada de anodontial parcial, hipodontia ou oligodontia, caracterizando-se pela ausência de um ou mais dentes. O diagnóstico desta alteração é evidente por meio de suspeita clínica e sua respectiva confirmação radiográfica. Sua etiologia pode estar relacionada a fatores nutricionais, traumáticos, infecciosos, hereditários ou filogenético. Entretanto, a hereditariedade tem sido considerada o fator etiológico principal da agenesia dentária e sua patogenia está relacionada com alterações no processo de formação e desenvolvimento da lâmina e dos subseqüentes germes dentários. A freqüência das agenesias varia muito em porcentagem nas diversas populações estudadas. A determinação de sua prevalência individualizada para as diversas populações mostra-se de grande importância para rotina do diagnóstico ortodôntico e plano de tratamento. Quanto ao aspecto das possibilidades ortodônticas para solução dos casos de agenesias dentárias, Santos (2002) ressaltou a importância de um plano de tratamento adequado para os casos de agenesia de segundos pré-molares, citando dois métodos de tratamento em caso de agenesia destes elementos. O primeiro seria o fechamento dos espaços destes dentes e o segundo manter estes espaços. A opção pela qual deve se seguir depende de alguns fatores, como as condições do molar decíduo e a relação dento esquelética. Se o paciente apresentar mordida profunda, o fechamento dos espaços deve ser evitado para não agravá-la. Nos casos nos quais o fechamento dos espaços é contra-indicado, pode-se fazer opção por implantes; porém, um fator importante a considerar é a idade do paciente. Quando da agenesia de incisivos laterais, uma alternativa de tratamento consiste no fechamento dos espaços das agenesias combinados com procedimentos restauradores para a melhoria da estética dentária e facial do paciente. Nesta mecânica de fechamento de espaços, o perfil de Classe III poderá piorar, aumentando o ângulo nasolabial. Para evitar estes problemas, sugere-se o uso criterioso de máscara facial para mesializar o dente posterior. os autores concluiram que os grupos formados pelos segundos pré-molares inferiores e incisivos laterais superiores mostraram maior prevalência de agenesias em relação aos demais grupos, os quais apresentaram comportamento semelhante entre si. Concluiu que a prevalência de agenesias foi semelhante entre os gêneros masculino e feminino, e entre os quadrantes dentários. Em relação à prevalência de agenesias nos diferentes grupos raciais, a amostra apresentou-se insuficiente, não denotando diferença entre leucodermas, melanodermas e xantodermas.
Publicado na Revista da Pós Graduação da FOUSP- SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário